segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Relacion'Art'eMarte ExperienciArte

Fica perto de mim, sem medo de existir.
Olha para o mundo e sente.
A primeira coisa a ser sentida é o novo, estranho, misterioso.
O conhecido, o desconhecido, o familiar e o não-familiar.
Para a consciência tudo é eternamente novo.
Tudo está a ser criado a cada momento,
É um fluxo contínuo de criatividade.

Toda a existência acabou de nascer em ti,
É tão fresca como uma gota de orvalho.

Onde não flui a tua criatividade cativa, permanece o velho.
No velho habita o tédio, o sofrimento.
O mundo vive entediado,
O mundo está mortalmente entediado.

Olha para a cara das pessoas,
Carregam a vida como um peso enfadonho, sem sentido.
Tudo parece ser uma brincadeira cruel, a vida não pode ser uma festa.
Com a mente que carrega o fardo pesado da memória, a vida não pode ser uma festa!

Ousa, transforma-te em curiosidade.
Cria a tua alma, regressa a casa,
Lá habita a tua integração.
Não mudes de máscara continuamente.
Dilui-se a máscara quando a tua inocência brota.

Os teus olhos contêm a frescura do presente
Transformam o ambiente,
A tua face permanece a mesma.
A minha face contra a tua outra face.

Escuta a musicalidade do teu corpo,
O teu coração é a arte maior,
Pois o menor tem de ser elevado ao maior
O ordinário tem de se tornar extraordinário
A terra tem de se tornar céu.
Tudo terá de estar ligado.

Aquele mundo tem de ser alcançado a partir deste.
A vida torna-se uma prece.
A coisa mais profana torna-se a mais sagrada.
No familiar encontra-se o estranho, no conhecido o desconhecido
No próximo o distante.
Neste, aquele!

Quem és?
Não interessa quem és,
És bem-vindo.
A porta está aberta.
Entra e fica à vontade.
Permanece em silêncio na tua mente
Toma uma chávena de consciência
E um sorriso brotará da tua espontaneidade.

Vem e fica à vontade comigo,
Ficar à vontade é o mais importante.
Vamos banhar-nos em rituais de amor eterno.

Torna-te íntimo, poroso, permeável…
Deixa a melodia entrar pelo teu coração.
Ele traz-te para mais perto…

Mergulha dentro de mim
Fica mais perto de ti em mim
Sê mestre e discípulo de ti mesmo.

Não verás mais o mundo por outros olhos,
Não sentirás mais a profundidade das coisas com outra pele,
Não amarás mais com outro coração,
Não sorriras mais com outro sorriso que não o teu.

O teu corpo,
O teu coração,
A tua alma,
A tua expressão máxima… é bela porque vem de ti!

Ninguém se exprime como tu,
Porque tu és único.
Tu, ser, fragrância…
Derramas-te sobre o solo das gentes.

Espalhas com a tua existência o teu amor para a eternidade.
Todos os que te estranharem, vão querer entrar em ti…
Ousa na tua loucura, suspende-te, ganha espaço dentro de ti.

A energia renovada do ser irá roçar os cabelos submersos do mundo.
Resgatarás os corpos frenéticos que estão presos no lodo sem sentido,
Serás aglutinador consciente das gentes.
Serás arte pura em movimento… o que é belo e divino no inferno!

Carregarás o mais infernal e divino sorriso,
O mais interessante louco
O mais desafiante olhar,
O mais rebelde rosto
O mais ousado ser dentro de ti.

Nesse pequeno mundo que tu és estão todos os mundos,
Agora junta-te a todos os outros mundos ao teu redor e cria o cosmos!
Um universo de possibilidades, fragrâncias, energias, cores e dimensões.

Expande-te para o infinito.
Mergulha no profundo rio que te espera.
Acolhe-te na morte para a vida eterna.
Experiencia-te neste fluxo vertiginoso.
Existe! Só isso é tudo…

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Num lugar dentro de nós aberto ao mundo

Num lugar que é comum ao ser humano, onde repousa toda a integra verdade das coisas, onde se flutua com raízes profundas, onde se cresce para o infinito real.
Alguns hectares de terreno fértil em amor, ervas coloridas, árvores profundas e grandiosas, orvalhos matinais e água pura. O ar que se respira é música celeste, os sorrisos brotam dos nossos corpos interiores e comunica-se em silêncio, em olhares suspensos pela fragrância do amor. O físico trabalha, a alma trabalha, o quotidiano são os dias que parecem acontecer fora do tempo, com uma velocidade estonteante que nos revigora e faz crescer. Um espaço bucólico, cheio de espaços e dimensões, de pequenas salas recônditas nos seres que lá habitam… os curiosos que por lá passam entram sem saber o porquê, e caminham na direcção de uma energia qualquer que os atrai e os custa assumir… aproximam-se os que se despem do que não são, deixando as roupas sociais e as palavras pré-fabricadas darem lugar a um silêncio profundo. De olhos curiosos e sedentos aproximam-se de nós e vêm escutar quem somos na nossa vida quotidiana, onde existem crianças, figuras, essências, mestres, músicas originais, comida arrancada da terra para o nosso corpo, água que corre pelos campos onde nos banhamos nus em rituais de amor eterno. A mente dilui-se para o nada naquele lugar, não existem perguntas, nem respostas, vive-se e recriam-se as memórias belas do que é certo e divino em nós. A vida é a instituição, as regras são as mudanças constantes dessa dinâmica contínua e as vontades são espontâneas. Nasce-se, vive-se e nunca se morre nesse lugar, porque a morte é a escolha de viver no limiar do abismo, sem mente… onde a verdadeira vida começa, por mais mortes que hajam! Acolhe-se a morte na fragrância da vida eterna. Nesse lugar respira-se a arte do amor e da vida.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mergulho profundo

O tempo do mergulho profundo na escuridão.
Caminhar pelo desconhecido, regenerar as vontades a cada respiração infectada pelo que já não existe e está preso, podre, fermentado…
No meio do fervente calor que faz dilatar todo o corpo louco de temperatura há um lugar onde se refresca o ser. Um lugar onde passa o ar, em que a brisa entra e refresca a alma, onde a solidão não tem lugar…
Nesse sítio as cores são os nossos sentidos mais profundos, não há corpo, não há dores, medos, ansiedades, desejos. Há a quietude do que é pleno e certo em nós como as folhas verdes das árvores que dançam ao vento e caiem quando já não têm lugar nos ramos…
Uma queda em suspensão, acolhida por todo o universo, cheia de graciosidade e amor.
Poderei eu cair em suspensão derramando-me pelo solo fértil das gentes e fundindo-me na certeza de que o desaparecimento do meu ser é a fragrância do meu amor? Impera o silêncio vivo da água que se liberta do meu corpo, das vontades que não têm sentido, e permanece a fragrância do desconhecido. Não sei como é mas já lá estive, nunca vi já tendo visto, com medo já o senti e desse sentir nasceu o amor pelo abstracto lugar que me acolhe com todo o amor do universo! Eu no meu mais profundo ser… (nunca será fundo suficiente, mesmo que o mundo se vire do avesso). Nessa altura estarei no alto (e nunca será alto o suficiente). A busca activa continua!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

No caminho do infinito

Somos de longe e vamos para longe
O nosso caminho é feito do que é longe em nós
O nosso corpo é coberto pela pele dos instintos,
Os ossos feitos do amor altruísta
Os músculos compostos pelas fibras atentas da vontade
Respiramos o tempo das suspensões e no vazio nos alimentamos
Somos a energia da compaixão que transborda para o infinito
Somos de longe e vamos para longe.
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