quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Comemorando um início

Está sempre presente aquela alegria secreta que tenho de poder imaginar-te num qualquer cenário esvoaçante em que me olhas séria para depois sorrirmos gargalhadas ternas.

É de ti. . .

Nem sempre estou calmo, muitas vezes pelo contrário, mas consigo sempre saber o que é a calma, porque me é fácil perceber que o que sinto por ti está muito perto disso. Apenas é daquelas calmas que dão vontade de rebentar num abraço. A partir do momento em que o sorriso vem, o teu no meu, é mais fácil. . .

Por vezes a nossa imaginação mata-nos, ou pelo menos consome-nos de felizes ideias.

...as felizes ideias cansam. Que agradável cansaço!

Estarmos sentados a assistir a vida correr sobre nós e não pensar nela mas em ti, sentir um frio e tremer com a ausência.

Estes dias são difíceis, mas a ausência atenua os traços e faz rir os esquecidos.

E basta-me a ideia de poder cheirar o teu cabelo, mesmo que seja no meu sonho de almofada.

. . .e uma sensação do teu respirar que afasta as dores e fraquezas. Porque sei o ritmo a que respiras.

Porque sei o que te comove. . .

E comove-me o que tu sabes, e és.

O abrir os olhos e verificar que há mais cor em redor. É sempre esse o fim. . .

Esse fim inquieta-nos e agride-nos pois sabemos que caminhamos para o início, o que acalma o nosso desassossego é descobrirmos que o caminho nos reservas surpresas.

Uma constante surpresa nos olhos que eu já conheço,

Uma constante vergonha que me faz insistir. . .

Um arrepio constante que me faz aproximar, a cada minuto.

É a fuga, a evasão, o estásimo, a profecia, a verdadeira agnosticidade. . .

O HOMEM QUANDO SORRI E PENSA. . . TU E EU, NÓS!
Talvez um fim. Talvez em mim. Quiçá em nós. . .




por Over_dreams & SilentFreak
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