quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Olhos fechados

É celebrando as diferenças que recaio neste canto de mim. Que enfeitiçante magia de ambiguidade? É uma visão de um cadeado, uma pilha de livros poeirentos, uma esfera pendente maculada de estrias. E escorrem as paredes, voam almofadas, rasgam-se as letras, rasga-se a pele, morrem os soluços. . .

. . .calma. . .

As ideias doridas conseguem já discorrer onde moram, e a mágoa já não mora aqui. Houve cansaço, houve guerra de braços. Houve uma vez, numa plateia, uma voz muda que te oprimiu. Depois os gritos, a força sem sentido, uma força dos sentidos, tremores e gemidos, e um abraço até à noite. Vem a calma. . .Recolhem-se os corpos entre os aromas que fazem as nossas vidas. E tu. . .

“Sabes rir-te sem te rires?
Chorar sem ninguém ver?
Sabes a que sabe a vida
A quem tem tudo a perder?
É fútil tudo isto,
Nem dá p’ra perceber.
Mas por isto não desisto
Somente porque ninguém
Iria ver. . .”
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