sábado, 9 de abril de 2005

Tudo o que eu posso fazer é ficar aqui sentada a olhar-te.
A que queres que responda? Previno que não respondo a devaneios vindos de uma mente infeliz. Trata de falar como nunca falaste e cuida bem dos teus gestos, eles são precisos. Agora que estamos aqui sentados e eu tenho o privilégio de te observar neste silêncio digo-te que a tua ausência acerta perfeitamente com este vazio. Não sei tornas-te mais tu, menos social e mais humano, mais próximo. Deixa-me tocar-te, não no teu corpo, isso é pura ilusão… deixa-me apertar o saco que contem o líquido vital, deixa-me observar a pura biologia, o ícone abandonado pela modernidade! Consegues vê-lo mexer-se? Ele ouve-te desde o início, ele vigia-te, ele sente-te; está ferido, gretado, moribundo. Escuta, ele está a parar, está a abandonar-te… tens uma hora para decidir se o queres de novo!


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