“Por baixo da minha janela.” (1)
Um parapeito que sugere uma infinidade de possibilidades, uma janela em aberto. Afinal, tudo pode acontecer por baixo da minha janela. Talvez apenas eu nunca tenha estado atenta ao que se passa por baixo da minha janela. Na realidade por baixo da minha janela é o meu pátio, existem janelas que não dão para o exterior. No entanto existem janelas que dão para o interior, se juntarmos ambas as possibilidades são ilimitadas. Por vezes gosto de estar debruçada na minha janela e ver as gentes que passam e ouvir o que dizem, se não consigo, imagino! Outras vezes recolho-me e fico do lado de dentro da janela, não quero que me vejam, mas eu posso ver todos. Nem sempre posso estar à janela, tenho outras coisas para fazer, mas ponho-me a imaginar como seria se conseguisse estar 24h à janela, a olhar para baixo. Sentir-me-ia uma entidade maior, que poderia ver tudo, ou uma doente que sofria de um voyeurismo exacerbado, ou até sentir-me-ia cansada e infeliz porque não tinha mais nenhum objectivo a não ser o de estar à janela para ver o que se passava por baixo dela.
Mas agora imaginar estar à minha janela e realmente não estar é muito mais interessante, posso eu criar as personagens, as situações, dar os finais e ainda pintar as cenas com cocó de pombos como pontos finais.
Gosto de ouvir num dia de inverno a chuva a bater na minha janela, o pior é que me impede de ver o que se passa por baixo dela. Não gosto de ter os vidros das janelas sujos, mesmo que estas não dêem para a rua, as janelas interiores também se sujam se não forem limpas com alguma frequência. A mim ensinaram-me que a melhor maneira de manter os vidros das janelas sempre limpos e sem pêlos é limpá-los com papel de jornal e limpa vidros. Um dia o meu senhorio disse que se haveria de tirar as janelas de madeira e trocar por outras de alumínio, eu não permito, acho que as janelas de madeira dão um ar muito mais bonito.(2)
(1) A frase do título foi escrita por Jorge Silva Melo
(2) O comentário é meu :)
Mas agora imaginar estar à minha janela e realmente não estar é muito mais interessante, posso eu criar as personagens, as situações, dar os finais e ainda pintar as cenas com cocó de pombos como pontos finais.
Gosto de ouvir num dia de inverno a chuva a bater na minha janela, o pior é que me impede de ver o que se passa por baixo dela. Não gosto de ter os vidros das janelas sujos, mesmo que estas não dêem para a rua, as janelas interiores também se sujam se não forem limpas com alguma frequência. A mim ensinaram-me que a melhor maneira de manter os vidros das janelas sempre limpos e sem pêlos é limpá-los com papel de jornal e limpa vidros. Um dia o meu senhorio disse que se haveria de tirar as janelas de madeira e trocar por outras de alumínio, eu não permito, acho que as janelas de madeira dão um ar muito mais bonito.(2)
(1) A frase do título foi escrita por Jorge Silva Melo
(2) O comentário é meu :)
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