quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Caminho nos sentidos

Acorda-se nesta vontade severa,
O frio aperta sobre a pele nua
A silhueta aparece no espelho.
Sentir-te a respiração, imaginar-te!
Caminhamos nus sobre a neve,
Carregamos o sexo nas mãos...
O ar quente que sai da boca torna-nos visíveis.
Rumamos para o impossível desejo de fundirmos as almas
Não podemos pensar, o corpo não quer parar, deixemos a expressão surgir.

Uma subtil melodia surge entre a tensão dos dedos
Agarra-se o sonho e penetra-se a nuca oscilante,
O mar num estrondo constante acende as velas do enigma.
O desconhecido, o terno desconhecido que mexe com os sentidos.

Pode-se, numa explosão de verdade fazer acontecer o que se quer.
Sair, entrar, deixar o sangue ferver e as lágrimas escorrerem pelas pernas mudas
Abrir-se o peito, e com uma voz rasgada as palavras caírem pelos seios expostos
E ficar, permanecer assim, visível, carne exposta às intempéries…
É preciso sarar do fundo até à superfície, saborearmo-nos para gostarmos de nós!
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