quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Corram para ver...

A água escorre pelo nariz e vai até aos lábios, eles não a deixam entrar, ela molha-os, eles inchão e ficam corados movendo-se... ela entra, que salgada! De onde virá?
Os olhos vigiam-na atentos e a testa franze contendo a euforia. Existirá água na euforia? Molhemo-nos nela então, dancemos e corramos com ela durante o seu caminho.
Sim, está calor, ferve cada vez mais meu lago negro que me absorve, deixa-me mergulhar na tua negritude.
Gosto do escuro, gosto que todos olhem para mim e pensem que tudo é negro, que deliciosa mentira!
Vocês nunca hão-de descobrir, a menos que sigam atentamente o caminho que a água leva.


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