quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Metáfora

A realidade é que esta é uma sociedade da primeira impressão, vive-se da superficialidade. Olha-se para a camada fina e quebradiça, ou não, de gelo que cobre as faces mais bem maquilhadas e sorridentes; beijamo-la mas não sentimos o frio. Vivemos de um primeiro olhar sobre o primeiro impacto que causa a primeira impressão e gera o primeiro conflito que formula uma ideia, fermentando mais tarde um preconceito. Afinal não será a sociedade um grande ringue de patinagem no gelo? Felizmente existem aqueles que não sabem patinar de uma forma competitiva, esses caiem muito e encontram os pequenos arranhões e vêm a água para além do gelo…
Alisando o gelo, pensam os que se acham felizardos, formam verdadeiras tertúlias do vago, do infrutífero e do casual, mas temos de ter em conta que esse chão também é necessário. O pior de tudo é quando o gelo se parte e só sobrevivem os que por acaso, ou verdadeiramente por conhecimento, decidiram não ir patinar naquele dia!
Todos vivemos numa metáfora, sentimos todos da mesma forma aparentemente ausente mas reproduzimo-lo de grafismo diferente, de escudo oposto.
Mato-me porque os mais burros acham que estou louca, sobrevives porque os espertos acham que estás vivo. Tu és forte, e eu sou fraca. Meus loucos patinadores, mostrei-vos o meu assassínio, mas tenham cuidado que vocês constróiem e alimentam o vosso!
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