segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Vertigem de quarto sozinho

É curioso como este mundo corre. As pessoas. . .Nós, pessoas, variamos entre os mais diversos estados, nunca iguais; ora nos sentimos seres fortes, imparáveis, inatingíveis, por vezes, couraçados do que consideramos nocivo enquanto fazemos uma diferença pelas nossas causas; ora estamos incrédulos de que existimos no meio de tanta incompreensão e de tanta animosidade, fragilizados pelo tempo que passa, somos leves penas, queremos fazer parte da poeira cósmica para nos concretizarmos em algo que goze de um natural sentido. Como nós não temos. Ou pelo menos nunca descobrimos, nas alturas de força nem nas alturas de incredulidade, o que nos move, o que nos faz sorrir altas gargalhadas com os amantes, com uma frase, ou vivemos completamente perplexos perante a imagem solta que nos puxou as lágrimas, ou o amigo que nos quis dar a mão. O amigo que nos quis dar a mão é inverosímil, é esquisito, espécie de extraterrestre incalculável. Ou então assumimo-lo como natural. Assumimos que é assim que somos, muito parecidos entre os nossos amigos, é natural que nos admirem, ou se compadeçam. Está tudo muito próximo, é tudo uma mesma consciência do outro, é no fundo entender o mundo. E é tudo uma vontade que não sabemos qual é, - Deve ser a mesma vontade de ser rico, roubar por uma sensação, viver sucessivos prazos curtos, roubar-me outra vez a curto prazo, maldita vida que me fez viver. . .
É curioso quando o egoísmo não me deixa fazer nada senão pensar. Pensar só.
Free Guestbook from Bravenet.com Free Guestbook from Bravenet.com