segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Nostalgia da Confiança

Quando não temos ninguém para nos ditar o caminho por opção própria sentimo-nos, por vezes, mais livres, mas também somos nós que delimitamos as nossas fronteiras e marcamos no nosso calendário o dia final. Se não existe Deus nas nossas orações ao humano, então devemos aprender a viver com aquilo que nos torna descrentes. Devemos viver para os nossos escritos e construir uma plateia imaginária que sustente o nosso esforço. Não devemos viver omitindo a razão de nós mesmos, isso será beber de um copo eternamente vazio. Confiança é o que nasce e fica, é o que preenche e concretiza, é o que se vê e se utiliza, é o terço que rezamos todos os dias.
Quando pensamos confusamente sobre algo que nos comoveu é porque nos afastámos dela, nessas alturas cresce a nostalgia sobre o que desapareceu de nós, ou mesmo sobre a ideia que tínhamos do que residia em nós. Nessa altura apercebemo-nos que as feridas ainda sangram dentro das nossas mentes sujas pela angústia.
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