sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Escrevo-te uma carta!

Existe um local pequeno e apertado apenas com uma janela por onde o ar entra e da qual eu vejo o mundo. Sinto os passos altivos e o rastejar das almas doentes, sinto o pulsar do mundo projectado no céu e o teu respirar enquanto adormeces subitamente sobre a minha vidraça. Oiço o tic-tac do relógio no silêncio da noite, e em minutos viajo sobre um globo giratório que projecta a luz dos meus sonhos e planos.
As mãos percorrem a fina areia das terras e o sopro faz vento nos teus doces cabelos, eu posso sentir-te. Tu não sabes de onde, mas eu sei para onde, tu não sentes o percurso do sangue das gentes e eu amplio-o para dentro da minha mente alucinada.
O que existe, o que volta, o que parte, o que se sente ou se pressente, o que se mente e o que se consente são visões úteis que entram neste local e se transformam. Este é o sonho doído, a bola furada, o mar a galgar sobre a minha toalha… és tu e sou eu.
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