Vertigens
Nem sei porque escrevo. É tudo o que tenho feito desde uns tempos para cá, não tão poucos quanto isso… os suficiente para que me questione sobre o que estou a fazer carregando freneticamente nas teclas do computador e vendo o cursor a avançar sobre o surgimento das letras. São apenas letras, palavras, penso não lhes querer conferir algum sentido próprio ou que o texto tenha no fim um seguimento lógico.
Tudo parece ser uma vertigem para o mundo da ficção, as longas voltas que a cabeça dá e os ruídos constantes que adormecem os sentidos e os mergulham numa viagem alucinante. Este sol que abrasa a cútis e dilata o que é divino causa uma inquietação na mente que precisa de descarregar energia no mar e deitar fora tudo o que são lágrimas presas às pressas dos dias.
A dormência é absoluta, incrível como todos os dias as mãos tentam acordar o corpo e não conseguem, nem mesmo beliscando-o… sei que está fora de si, racionalmente tento lembrar-lhe que está fora mas a viagem passa-se a um nível mais profundo.
Até quando é os pensamentos vão dar voltas nos lençóis húmidos pelo suor da vontade de cair sobre o não lembrar? Quando é que me sentirei perdida por achar que não dominei um dia os meus sonhos? A memória está cansada mas não se cansa de lembrar-me que existe… caberá algum dia tudo o que vive alucinantemente?
É o sol e o mar que vão deixar que o corpo abandone esta energia de mendigo esfarripada, parecem rasgos a saírem-me por entre as mãos melodiosamente em direcção a um outro lado conectado. Assim que o descobrir, desligo a ficha e deito fora o acumulador.
Tudo parece ser uma vertigem para o mundo da ficção, as longas voltas que a cabeça dá e os ruídos constantes que adormecem os sentidos e os mergulham numa viagem alucinante. Este sol que abrasa a cútis e dilata o que é divino causa uma inquietação na mente que precisa de descarregar energia no mar e deitar fora tudo o que são lágrimas presas às pressas dos dias.
A dormência é absoluta, incrível como todos os dias as mãos tentam acordar o corpo e não conseguem, nem mesmo beliscando-o… sei que está fora de si, racionalmente tento lembrar-lhe que está fora mas a viagem passa-se a um nível mais profundo.
Até quando é os pensamentos vão dar voltas nos lençóis húmidos pelo suor da vontade de cair sobre o não lembrar? Quando é que me sentirei perdida por achar que não dominei um dia os meus sonhos? A memória está cansada mas não se cansa de lembrar-me que existe… caberá algum dia tudo o que vive alucinantemente?
É o sol e o mar que vão deixar que o corpo abandone esta energia de mendigo esfarripada, parecem rasgos a saírem-me por entre as mãos melodiosamente em direcção a um outro lado conectado. Assim que o descobrir, desligo a ficha e deito fora o acumulador.
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