sexta-feira, 22 de abril de 2005

Os dias em que os minutos se transformam em anos. . .

Os olhos cerram-se vislumbrando a forte sensação. A boca deixa escorrer sons melodiosos e dá-se um reboliço na pele. O despertar dá-se ao toque dos lábios e a revolução imagina-se aos passar das mãos. Cai o pescoço como um objecto solto e os cabelos correm pelas costas cobrindo-as, as mãos pairam silenciosamente pela pele e ouvem-se os ruídos surdos do pensamento. Abrem-se as mãos num gemido rápido e violento e fecha-se para sempre a mente, sem surgir qualquer pensamento. De repente suspende-se a multidão e ouvem-se os ruídos internos, vêm-se passear pessoas pelas estradas desertas, acendem-se luzes no meio da luminosidade e sente-se o medo à beira da felicidade.
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