sexta-feira, 15 de abril de 2005

Verde sobre vermelho

Será que consigo definir uma coisa que mal tem um motivo e que aparece como ajuda a algum diálogo? A intumescência reside em nós, nós somos filhos do inexpugnável sorriso dos outros… os silêncios esses são como chuva a cair, abafam o vazio, causam barulho. A rosa cor de amor fraternal de pétalas suaves é oferecida por um homem perdido na amargura e sustentado pela esperança – ele quer é o seu posto de volta!
Fala perdido no álcool mas a lucidez é elevada pelo desejo de diálogo. Não estava assustada, estava perplexa, a observação tomou conta de mim, e pela primeira vez eu senti-me a observadora atenta. Toda a rosa tinha um carácter híbrido, isto podia ter acontecido em qualquer outro lugar do mundo, a mensagem é simplesmente a mesma. Digo-te que enquanto batia com a suave rosa nos meus lábios o meu pensamento dominou-me e diante de ti vias uma apóstata. Vias, ou pelo menos poderias ver um pensamento cheio que não conseguiu exprimir uma única palavra decente, fui dominada pela perversão, desculpa! Não torna a acontecer. Agora com os olhos pesados e a cama fria eu deito-me tendo a certeza que toda esta concomitância é teatral.

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