sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Pauta

É incrível como desconhecemos essa tal de essência da alma, e ainda assim sentindo quando e onde ela se parte e desvanece com a precisão e incisão de uma navalha. E hoje, o céu que cobre todas as almas parece compadecer-se e juntar todos esses fragmentos perdidos e adoçá-los em leves nuvens passantes, que sinto o vento levar.
Mil e uma ideias brotam com o único sentido de não estarmos sós, são as mesmas que correm na direcção da solidão. E quanto mais viajo com as minhas ideias, mais percebo que voltarei a casa sempre que quiser, mesmo não sabendo onde moro. Habito essa terra que é de ninguém, a não ser de mim, que por vezes é apenas um par de versos quase fatais, e outras vezes é uma confusão tão grande de cheiros que é divertido perceber qual é o meu lá. Tantas vezes esta vida é frenética, quase as mesmas precisávamos nós que o não fosse. E essas vezes e mais outras não sabemos o que queremos, e eu deixei-me dessa ideia porque sei que me quero a mim e aprendi o que sou, alternando a distância a que me olho.
É incrível o número de vezes que pensamos que perdemos a nossa alma e vida para sempre. São tantas vezes quanto nos apercebemos, com lágrimas de alegria, que o mundo é o nosso lar e é música composta por nós.
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