terça-feira, 30 de agosto de 2005

Vivemos no abismo

O limite entre o ter algo e o não deter nada é o preenchimento! Estamos cheios de trabalho, tristeza, indiferença, ousadia, esperança e tenacidade; oscilamos entre o tudo e o nada do objecto, entre o abjecto e o devoto. Dá-se o enchimento e quando estamos preparados para a explosão simplesmente algo acontece mas a cavilha não se solta, completa-se com o resto da paisagem. O fogo faz parte do nosso sorriso, o mar do nosso olhar, a terra das nossas almas e o ar da nossa suspensão, todos os elementos vêm da mais perfeita criação que se adapta a todos os extremos afiados e cortantes. É aquela que cria e consome, que quer e despreza, que come e vomita, a que reza e crepita sobre o mais escaldante dos romances… Temos uma criação que vive no mais cheio e prazeroso dos espaços, o abismo!
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