sábado, 29 de abril de 2006

Em meios de mim

Há um sentimento vago no meio de todas as sensações que equilibro na minha mente. Sentimento solitário, resistente, estóico, errante. Também desconhecido. Às vezes toma conta de todo o meu ser, da maneira como ajo e penso em determinada altura. É um sentimento leve, indefinido, indeciso; leve. Um canal directo escavado desde o fundo da minha alma que me vem aos sussurros manobrar lentamente, fazer-me libertar destes grandes enganos. Por momentos. É quando tenho a mente assim liberta que consigo pensar verdadeiramente, verdadeira e calmamente, na razão de tanta balbúrdia e azáfama que levo a cabo com um objectivo deserto de qualquer propósito. É ter consciência de mim mesmo. Acordo, abro os olhos, e a manhã parece um sem fim de verde para pisar e sentir. Viver.
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