sexta-feira, 22 de abril de 2005

Salam, Islam!

É algo de infinito, supremo, algo que me leva para muito longe… as minhas narinas incham e os olhos abrem-se como vislumbrando imagens que a mente produz. Não fecho os olhos para as percepcionar, melhor, antes abro o meu espírito para que as sensações me invadam. Qualquer palmeira, todo o céu azul limpo de impurezas, a noite feita de ar quente e as luzes da vida retiram-me para a viagem mais maravilhosa e cheia que alguma vez tivera até aos meus momentos presentes. O dia sem dúvida era miraculoso com a sua aurora cor de fogo a irromper pelo fel do deserto, a meio dia de caminho chegava a sufocar e a humidade era desoladora. A noite; essa era alucinantemente lúcida, ainda hoje a sinto… sentada vejo o sol quente que se põe cansado de mais um dia de suspensão para nos iluminar; agora vêm-se as pessoas, lenços, risos, carros, é puramente natural. Podia ficar ali a vida toda, a admirar aquilo que não me pertence e no entanto é meu por direito, aquilo que não faz parte do meu sangue no entanto faz parte de mim, tudo aquilo que por oculto e discreto me fascina. Queria ficar as noites para sentir aquilo, para respirar aquilo, para ouvir o som de outra terra, longe de tudo o que é repetido, igual, e que perdeu o brilho. Por que é que perdeu o brilho? Que motivo tão forte me levou para longe? No entanto, aqui nesse igual repetido eu sinto e vejo aquilo que me vem alegrar e encher os dias de sonho. Será o primeiro contacto, puro deslumbramento? Será apenas aquilo ou tudo aquilo que abrange? Vou esperar para ver e descobrir… até lá que os véus me cubram!
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