sábado, 5 de novembro de 2005

Transporte

Beija a minha face e deixa-me sentir a vibração das palavras que pensas.
Respira sobre a planta dos pés para que os órgãos se ressintam das más digestões que fizeste. Cobre o teu agreste piscar de olhos, volta-te para o sangue das tuas entranhas e devora todas as tuas manhas.
Neste lugar isolado ouve-se o regato seco e as folhas das árvores imberbes, respira-se o vento que alastra do fogo e bebe-se do ardor das feridas. Apanha o teu transporte e desaparece, toma o teu rumo de volta ao nada e sorri… onde estarás tu neste momento?
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