domingo, 7 de março de 2010

Não há lugar à não felicidade

Depois da multidão vem o silêncio, respira-se a calma das coisas que estão pousadas sobre o universo. Olha-se de novo e vê-se de outra maneira, com outras sensações, não há nada como respirar fundo e deixar o corpo ficar sobre a mente que dá lugar aos sentidos. O céu de uma noite luminosa, amarela e carregada de água, os pés ouvem pisar o chão molhado a cada passo; podemos estar em qualquer lado agora. Soa a melodia da natureza numa cidade cheia de gentes. Quando gozamos de estar rodeados de pessoas, brindamos ainda mais ao silêncio que se sucede. Conseguimos ouvir o bater da nossa alma pousada em nós, simples e essencial. Tudo isto porque mais uma vez somos nós os responsáveis, se o soubéssemos com todos os sentidos não havia lugar à não felicidade.

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