quarta-feira, 30 de março de 2005

Free

Estava capaz de te mostrar naquela altura o que era uma vertigem, apesar de só saber como as sinto eu. E por vertigem muita coisa passa. O que queria que visses era o mar, e como a força se disfarça de inexorável saudade. Muitas foram as vezes que mergulhei sem pensar que poderia não tornar a emergir. Hoje, é quando lá me sinto que tenho mais saudades. E um esbracejar é uma poema, versos cor de lima tal qual os olhos verdes, marejados. E, na verdade, o que realmente quis foi que te visses nadar.

(Deveras) comemorando um início

É, sim, verdade que nem nos expressaríamos enquanto seres e indivíduos se não houvesse quem nos ouvisse ou lesse. Este blog já é possuidor de um singelo repertório, se assim nos aprouver chamá-lo, que pode ser consultado nos arquivos correspondentes aos poucos mesitos com que já conta. E agora, a menos de uma semana de celebrarmos um trimestre de existência na blogosfera, cá nos projectamos oficialmente abertos a todo e qualquer leitor que nos quiser presentear com a sua companhia. É um possível e promissor espaço de tertúlia que foi imaginado para ser exactamente o que é. O meu desejo é que se sintam em casa ao nos visitarem. Over, o perdão é automático porque este é um blog, para além de tudo o mais, audaz e sem complexos. Percorramos o caminho.

Leitura

Gustavo, lê-me poesia.
Mas que diabos, quantas vezes já te disse?
Desculpa.
Vezes três.
Seja, ao cubo, noves fora, eu.
Só te fundas nos objectivos.
E que mais haveria?
Mais do que podes contar.
Haja paciência!
Isso e muito mais. São os parafusos da calculadora.
Mesmo para isso há chaves.
E não ouves falar em palavras-chave?
Já estavas calado.
Talvez seja a melhor forma de poesia.
Sim, mas não deixa de ser irritante.
Sabes que mudou a hora?
Desconversas... E então, não é o mesmo?
Sim, oficialmente ausentes, enquanto desconversámos.
Respeito.
Não fazes tu outra coisa, homem. Mete dó.
E amanhã, como será isso?
Vês? Já melhoras. Mas cinge-te a hoje, a pouco depois.
Sentes-me incapaz?
Pelo contrário, o que te exijo é sempre demasiado.
E eu a pensar...
Nem é curioso.
Sou.
Tu és.
Mas que disse eu?!
Que eras.
E ainda agora.
Em exagero, embora desconverses.
Eu?
Sim, ou sabes tu quantas rugas contribuiste para criar mesmo agora?
Sabê-lo-ei, se quiser.
Muito bem, fico contente; hoje. Logo, ver-se-á.
Que horas são?
As mesmas.
Que palermice, Gustavo!

segunda-feira, 21 de março de 2005

É só uma antecipação da abertura oficial!

Digo-vos caros leitores que tudo corre mal quando escrevemos de forma inócua.
É importante que o facemos por nós mas só terá o seu fim devido quando o ciclo terminar. O ciclo não termina em vós, mas em vós se projecta para outros caminhos.
Um factor determinante me fez escrever isto: a ânsia de querer que todos queiram a vontade de escrever, ler, pintar, fotografar, entre outras coisas. Não vou falar de partilha mas de abertura, de contacto, de afirmação. É um Blog sim, talvez a ideia não tenha sido muito original mas os donos são-no. Silent perdoa-me a ousadia mas por vezes sabe bem escrever o que poderá passar pelas nossas mentes, qualquer coisa completas...
Bem-Vindos ao nosso blog, e não se esqueçam dos comentários!


segunda-feira, 7 de março de 2005

O triste

Membros esticando por entre a poeira. . .
E num entretanto que passa sozinho
Repete o gesto que veio à ideia,
Gasta a madeira e maldiz baixinho,
E apaga a chama e o burburinho.

Os passos pesados arrastam a voz
De quem fala sem ter perdão
Mas grita imundo de pequenez;
Não vê para além do que é solidão
E lamenta o que pensa que é saudade.

domingo, 6 de março de 2005

És tu!

O vento gela, os cabelos não sossegam em cima dos ombros, e os olhos mal se abrem para ver o caminho. As mãos e os pés ficam gelados mesmo estando aconchegados aos cobertores e com sacos de água quente. Todos os dias se vê um sorriso de esperança na tua cara, como será que estás neste momento? Será que sentes o frio? Será que já sabes alguma coisa que tenha alterado essa linda cara?
Minha querida, vejo-te ainda a subir as escadas cansada mas atarefada com os sacos para fazer o almoço. O que encontras de tão belo na tua vida que te faz sorrir mesmo quando ela te é dura? És tão inspiradora! Quando falas pões as pessoas a rir e alimenta-las, não por o que tens de igual mas de teu.
Espero que um dia, mesmo quando chorares por desgaste e dificuldade, te sintas capaz de perceber aquilo que és e do que és capaz. Vejo-te de branco a sair de uma casa onde as pessoas que te adoram te recebem e aconchegam porque, um dia, devolver-te-ão o teu imenso carinho.
Ele não pertence a mais ninguém que a ti meu anjo.
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