Apenas deixa-me vomitar e depois passar a ressaca da noite, mutilar-me até me cansar!
Deixa-me sentir a vitima, e a incompreendida.
Bater com a cabeça na parede.
Sair cá fora com um sorriso colado na alma.
Fazer o bem para vislumbrar um sorriso, ajudar para sentir a minha própria utilidade.
Ler muito, até me cansar.
Trabalhar até me sentir serva da ingrata vida.
Olhar para os demais e ver que eles são infinitamente melhores.
Levantar-me suada e ir para um café sem pentear o cabelo, sem cumprimentar nem sorrir se não me apetece.
Entrar num café com uma forte e maravilhosa máscara, dizer que gosto de tudo aquilo, sorrir, ouvir com atenção os ignorantes e falsos e aprender a ser como eles.
Chamavam a policia?
Ela vinha e dizia que eu ia contra a lei. . .
Que lei?! A lei humana?
E a verdadeira onde está?
E a subtilidade fria e arrogante que se lê nas entrelinhas dos documentos?
E as gargalhadas vocíferadas?
Dói, dói até à epiderme, consome mas sabe bem.
E a desconcentração no óbvio é fácil, mais que a seriedade dos factos!
Merda para tudo e todos...
O móvel continua lá, feliz por ser móvel e não sentir nada.
E tu passas por ele infinitas vezes diferente.
Carrega-o com os teus pesos enfermo humano!